Organização da UEM
A Universidade Eduardo Mondlane é uma instituição pública de âmbito nacional e a mais antiga instituição de ensino superior em Moçambique. Foi fundada a 1 de Maio de 1976, altura em que o Presidente Samora Moises Machel atribuiu a esta Instituição o nome de Universidade Eduardo Mondlane, em homenagem ao relevante papel histórico representado em Moçambique pelo Doutor Eduardo Chivambo Mondlane. É ainda em sua homenagem que o dia 20 de Junho, data do seu nascimento, é comemorado como o dia da Universidade Eduardo Mondlane.
A Universidade Eduardo Mondlane desde cedo se assumiu como uma universidade nacional, tendo-se concebido uma política que garantisse a equidade de acesso a estudantes oriundos das diversas regiões do País e procurando-se preservar e aumentar a presença feminina na Instituição.
É uma instituição pública de ensino superior dotada de personalidade jurídica, e goza de autonomia científica, pedagógica, administrativa e financeira.
Por ela passaram muitas gerações de jovens que hoje desempenham funções e actividades nas mais diversas esferas de actividade, desde sectores sociais, económicos, até políticos, quer a nível nacional, regional, bem como internacionalmente.
A história da Instituição, desde a sua criação, reflecte os períodos da história do país, que influenciaram e determinaram o processo de ensino, de investigação e de ligação à sociedade, desde a definição de perfis profissionais a nível da formação até ao tipo de investigação a priorizar.
Desde a sua criação como Universidade Eduardo Mondlane, esta Instituição já foi dirigida por cinco Reitores, de acordo com a seguinte tabela:
Reitor |
Período em exercício |
Fernando dos Reis Ganhão |
1976 – 1986 |
Rui Baltazar dos Santos Alves |
1986 – 1990 |
Narciso Matos |
1990 – 1995 |
Brazão Mazula |
1995 – 2007 |
Filipe José Couto |
2007 – 03.06.2011 |
Orlando António Quilambo |
03.06.2011 à presente data |
Hoje, a Universidade Eduardo Mondlane insere-se num contexto social de economia de mercado, e de uma pluralidade de instituições de ensino superior.
No fim da década de 90, a Universidade empenhou-se pela primeira vez num processo de planificação estratégica, envolvendo toda a comunidade universitária e largos sectores da sociedade civil, resultando daí o primeiro plano estratégico da instituição, para um período de tempo de 5 anos – 1999-2003. O plano resultou ambicioso e não foi possível cumpri-lo na íntegra. Contudo, e dada a existência deste plano, a instituição cresceu, realizou um processo profundo de reforma curricular, aumentou o número de ingressos e de cursos oferecidos, criou novas escolas Escolas Superiores e Faculdades e desenvolveu um programa de formação e de pós-graduação do seu corpo docente e técnico-administrativo, entre outras actividades.
VISÃO
Ser uma universidade de referência nacional, regional e internacional na produção e disseminação do conhecimento científico e na inovação, destacando a investigação como alicerce dos processos de ensino-aprendizagem e extensão.
MISSÃO
Produzir e disseminar o conhecimento científico e promover a inovação através da investigação como fundamento dos processos de ensino-aprendizagem e extensão, educando as gerações com valores humanísticos de modo a enfrentarem os desafios contemporâneos em prol do desenvolvimento da sociedade.
OBJECTIVOS
Para cumprir esta missão, a UEM deve nortear-se pelos seguintes princípios e propósitos:
1. Gestão eficiente num contexto de autonomia universitária;
2. Prática democrática, respeitando a independência intelectual e a liberdade académica;
3. Desenvolvimento, valorização e utilização racional dos seus recursos, tanto humanos como materiais;
4. Adequação constante dos curricula aos avanços da ciência e da técnica e à realidade nacional e regional;
5. Reflexo das necessidades e perspectivas nacionais e regionais de desenvolvimento nas actividades de investigação, extensão e ensino;
6. Aumento do número de ingressos e das taxas de sucesso escolar e de graduação, através do desenvolvimento de novos métodos de ensino e de avaliação;
7. Apoio e cooperação com outros níveis do sistema nacional de educação;
8. Garantia de equidade em todas as acções com respeito pela diversidade cultural, étnica, racial, religiosa e de género;
9. Que a condição económica e social não constitua limitante ao acesso aos seus cursos;
10. Promoção da educação cívica, ética e social;
11. Promoção do espírito académico, crítico e científico, bem como do brio profissional;
12. Intensificação da ligação e da cooperação com o sector produtivo nacional e com a comunidade;
13. Fortalecimento e alargamento da cooperação regional e internacional.